Bolívia luta contra oito incêndios florestais ativos, Parque Noel Kempff Mercado em alerta
- Corumbá 'ON'
- 14 de set.
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Da Costa Filho em 14/09/2025

O Ministro do Meio Ambiente e Águas, Álvaro Ruiz, confirmou neste domingo que oito incêndios florestais permanecem ativos em território boliviano. As regiões de Santa Cruz, com cinco focos de incêndio, e Beni, com três, são as mais afetadas. A situação mais preocupante, de acordo com a autoridade ministerial, é o incêndio que consome o Parque Natural Noel Kempff Mercado, onde o difícil acesso tem complicado o trabalho das equipes de combate.
Os focos de incêndio em Beni estão localizados em Exaltación, Loreto e San Ramón. Já em Santa Cruz, as chamas atingem Assunção de Guarayos, Concepción, Carmen Rivero Torres, El Puente e San Ignacio de Velasco. Ruiz assegurou que “todos esses incêndios estão sendo combatidos, especificamente pelo Vice-Ministério da Defesa Civil, que está mobilizando bombeiros das Forças Armadas e toda a logística necessária”. A operação conta com o apoio de bombeiros da Polícia Boliviana, voluntários, pessoal das províncias, municípios, guardas florestais e membros das comunidades locais.
Comparando o cenário atual com o do ano anterior, Ruiz destacou uma redução significativa. “Até hoje (domingo) temos oito incêndios ativos”, disse ele, contrastando com os números de 2024, quando “nesta altura do ano, já tínhamos cerca de quatro a cinco milhões de hectares queimados; hoje, mal chegamos a meio milhão de hectares”.
No ano passado, os incêndios florestais devastaram 12,6 milhões de hectares no país, com 58% de áreas florestais e 42% de pastagens.
Apesar da melhora, o ministro ressaltou que “nenhum hectare deveria ser queimado”.
Ele atribuiu as ocorrências ao aquecimento global e à crise climática, além da falta de conscientização de parte da população, que não compreende a necessidade de um manejo integrado do fogo.
A atenção especial recai sobre o Parque Noel Kempff Mercado. “Há áreas inacessíveis. Por isso, estamos conduzindo operações de combate com força aérea reforçada, com helicópteros”, explicou Ruiz. Ele também esclareceu que, até o momento, foram registrados “pouco mais de 1.300 pontos quentes”, mas fez questão de enfatizar que “pontos quentes não são incêndios”, diferenciando assim os focos de calor detectados pelos satélites das chamas ativas.
*Com informações do ELDEBER






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