A conta chega, mas a energia não: o apagão da responsabilidade em Corumbá
- Corumbá 'ON'
- 23 de out.
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Reginaldo Coutinho | 23/10/2025

As falhas constantes no fornecimento de energia elétrica em diversos bairros de Corumbá (MS) tornaram-se um problema crônico que vai muito além do simples incômodo. Trata-se de uma situação que afeta a economia local, compromete a segurança dos moradores e revela o descaso das autoridades e da concessionária responsável pelo serviço.
O consumidor, já sobrecarregado pelo custo de vida, vê-se pagando caro por um serviço que não é entregue com qualidade.
Em pleno século XXI, não é razoável que interrupções frequentes de energia ainda sejam tratadas como eventos normais. Cada queda de energia representa perdas: eletrodomésticos danificados, alimentos estragados, prejuízos ao comércio e, principalmente, a sensação de impotência. Para agravar, o cidadão continua recebendo sua fatura integral, sem descontos visíveis, mesmo quando passa horas ou dias — no escuro.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabelece regras claras para o setor, inclusive prevendo compensações automáticas na conta do consumidor quando há descumprimento dos padrões de qualidade.
No entanto, poucos sabem desse direito, e menos ainda veem esse ressarcimento de forma transparente. Falta informação, fiscalização e, sobretudo, respeito.
Outro ponto que revolta a população é o estado da iluminação pública. Apesar da cobrança mensal da taxa de iluminação, basta caminhar por muitos bairros de Corumbá para perceber que o breu domina as ruas.
Além do desconforto, essa escuridão cria o ambiente perfeito para a ação de criminosos, deixando o cidadão acuado e inseguro. É inaceitável que o contribuinte pague por um serviço inexistente enquanto o poder público permanece indiferente.
O que se espera da concessionária é mais do que notas explicativas: é investimento real em infraestrutura, manutenção preventiva e transparência com os consumidores. E da prefeitura, a exigência de resultados concretos na manutenção da iluminação pública.
O cidadão merece mais do que desculpas: merece respeito e eficiência.






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